Visita ao Porão de Memórias

Pentagon

Hoje vi um fantasma, uma lembrança de uma vida já esquecida. Foi estranho.

Pessoas arquivadas, locais abandonados, situações ocorridas e gravadas em fotos já corroídas. Tudo deixado num canto da memória onde a poeira e o mofo tomam conta.

Vasculho as gavetas enferrujadas e as caixas desgastadas. O que um dia eu cuidei com tanto zelo — e que tantas feridas me causou —, agora apenas ocupa espaço como tralhas que insistimos em manter em nossos porões.

Penso se devo me livrar de tudo aquilo, mas resolvo apenas fechar tudo e deixar do jeito que está. Já não me incomodam por estarem ali e, se sou quem sou hoje, em parte foi por um dia ter conseguido empacotar e guardar tudo aquilo.

Dou meia-volta e caminho em direção à saída. Sem olhar para trás, desligo as luzes e fecho a porta. Lá fora, um novo dia se inicia.

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