As estrelas de hoje já não têm o mesmo brilho de outrora.
Brilham tímidas, quietas,
Ofuscadas pelas luzes vindas do chão,
Incapazes de combater tal absurdo.
A luz pertence ao céu, e não à terra,
Mas a mente iluminada dos homens,
Tão petulante,
Ousou mais do que devia.
Matou as estrelas, matou o céu
Matou o tempo, matou a contemplação.
Ninguém mais para um instante para admirar a imensidão
E se sentir pequeno.
De que adianta compreender tudo
E não mais se maravilhar
Pelo que está bem diante dos olhos
A apenas alguns anos-luz de distância?